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Fast Fashion, modelo de negócios baseado no consumo acelerado, vem sofrendo reações por parte dos consumidores em todo o mundo por estimular a cultura do descarte.

Os consumidores vem questionando essa grande e rápida oferta de produtos e estão pressionando as marcas a repensarem esse modelo.

Pesquisas do Euromonitor mostraram que em 2017 cerca de 17% dos brasileiros preferem comprar roupas produzidas de maneira sustentável. O percentual mundial é cerca de 11%.

Como reação, as marcas passaram a investir esforços em utilizar matérias primas mais sustentáveis, como algodão orgânico, poliéster gerado à partir da reciclagem de garrafas PETs e fibras que biodegradam mais rápido em aterros sanitários, mas ainda são iniciativas insuficientes para diminuir os impactos que o Fast Fashion tem no meio ambiente.



Neste contexto, a Economia Circular desponta como um dos principais direcionadores do futuro da moda.

Não é dos dias de hoje que retalhos têxteis são utilizados como matéria prima de indústrias como a automotiva, de barbantes, não tecidos, geotêxtis, carpetes etc, mas a tendência é que retalhos e peças usadas sejam utilizados para a produção de vestuário.

Institutos de pesquisa e empresas em todo o mundo, inclusive as de varejo, estão pesquisando tecnologias para reciclagem de tecidos de modo que as fibras têxteis de roupas usadas possam ser transformadas em roupas novas com toque e qualidade similar àquelas feitas com matéria prima 100% virgem.

As tecnologias existentes ainda não atendem os requisitos do mercado, mas as pesquisas estão avançando muito rápido. Não vai demorar o dia em que estaremos utilizando roupas com toque macio feitas a partir de matérias primas têxteis recicladas. Além da evolução tecnológica, essa tendência demanda a estruturação de alguns processos, principalmente a Logística Reversa, e algumas mudanças culturais, principalmente ligadas ao design das peças e a coleta das roupas.

Ao desenvolver as peças, os designers terão que considerar que elas precisarão ser facilmente recicláveis, e se preocuparem em relação à mistura de fibras (que demandam processos diferentes de reciclagem), quantidade de recortes e fixação de aviamentos, que precisam ser retirados antes do processo. Quanto mais complexa for a peça, mais caro se torna a etapa de preparação dela para ser reciclada.

Em relação à coleta das roupas, assim como nos casos de papel, plástico, vidro e metal, que apresentam processos de reciclagem diferentes e precisam ser separados, os tecidos também demandam separação, pois cada tipo de fibra têxtil possui um processo de reciclagem diferente. Mas, diferente desses produtos, dificilmente o consumidor consegue identificar o tipo de fibras têxteis apenas pelo toque. As vezes, nem mesmo um técnico consegue, demandando ensaios de laboratórios para fazer essa determinação, encarecendo ainda mais o processo.

Uma forma de evitar esses dispêndios é consultar a etiqueta da peça que deverá apresentar a composição têxtil. Por regulamentação do INMETRO, os produtores ou comerciantes devem informar a composição têxtil da peça, com uma tolerância para erros de apenas +/- 3%.

Portanto, uma ideia para os varejistas baratearem o processo de preparação para a reciclagem, é pensar em um design de etiqueta de composição que os consumidores mantenham na peça, já que elas são normalmente cortadas por causarem incômodos e alergias. E incentivar que as peças sejam devolvidas na lojas organizadas por tipo de fibra. A partir disso, as peças podem ser direcionadas para reciclagem no seu respectivo processo industrial e realimentar as fábricas com matérias primas que poderão gerar novos produtos de moda, mas numa economia circular e mais sustentável. Por Karine Liotino, CEO da ETIQUETA CERTA Esse artigo foi originalmente publicado na edição 101 da Revista Costura Perfeita – Acesse aqui a edição completa da revista.

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Post Author: etiquetacerta

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